O mercado imobiliário português tem testemunhado uma crescente demanda por propriedades sustentáveis, tendência impulsionada tanto por consumidores conscientes quanto por iniciativas governamentais. Luis Horta e Costa, co-fundador da Square View, está na vanguarda desse movimento, incorporando elementos ecológicos em seus empreendimentos.
Um exemplo notável é o projeto AZO, uma comunidade de luxo desenvolvida em parceria com a Stone Capital e a OTO em Cascais. De acordo com Horta e Costa, “a sustentabilidade, o estacionamento para carros elétricos e muitas áreas verdes fizeram parte do projeto desenvolvido pela OTO”.
Além do AZO, a Square View está desenvolvendo outro empreendimento sustentável em Melides, uma pacata aldeia alentejana. “É um projeto que fornecerá eletricidade para bicicletas e carros elétricos”, revela o empresário, destacando a integração harmoniosa com o estilo de vida local.
Para Horta e Costa, a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis é fundamental, pois “os consumidores estão cada vez mais preocupados em se alinhar com empresas que levam a sustentabilidade a sério”. Ele enfatiza que um edifício sustentável deve minimizar o impacto ambiental em todas as etapas, desde a concepção até a demolição, preservando recursos valiosos.
Essa preocupação com a sustentabilidade também está presente em outros projetos imobiliários em Portugal. A Stone Capital, por exemplo, tem se destacado pelo uso de materiais ecológicos como a madeira laminada cruzada (CLT), que possui pegada de carbono negativa. No Comporta Retreat, um complexo de 29 casas, as estruturas alcançaram a neutralidade de carbono.
A tendência de construções sustentáveis tem sido impulsionada não apenas por empresas privadas, mas também por iniciativas governamentais, como o Plano Verde de Lisboa. Criado em 2008, o plano busca proteger os habitats naturais próximos à capital, estabelecendo uma estratégia para conectar áreas cultivadas e corredores verdes.
Segundo Luis Horta e Costa, a valorização da natureza é um pilar dos empreendimentos desenvolvidos pela Square View. “Tentamos sempre ter boas vistas. A luz é essencial para nós. Evitamos o betão e procuramos sempre incluir a madeira”, explica, evidenciando a preocupação em harmonizar as construções com os cenários deslumbrantes de Portugal.
Para o empresário, a crescente demanda por imóveis sustentáveis reflete uma conscientização geral sobre a importância de adotar práticas amigas do meio ambiente. Ele acredita que essa tendência tende a se intensificar nos próximos anos, impulsionada pelos benefícios que Portugal oferece, como “clima ameno, baixos custos de vida, excelente gastronomia e baixa criminalidade”.
“Portugal é atraente por causa das pessoas, do custo de vida, da segurança e do clima”, conclui Horta e Costa, reforçando os atrativos que seduzem residentes e investidores a explorarem as oportunidades de imóveis sustentáveis no país, contribuindo para a preservação do meio ambiente e do patrimônio natural.
